Não é de hoje que vemos circular pelas páginas da internet postagens e comentários sobre as dificuldades enfrentadas pelas mães após o nascimento do bebê.
Assim, hoje iremos conversar sobre os aspectos complexos e omitidos do processo de se tornar mãe e que na maioria das vezes só são descobertos na prática.
Logo antes de o bebê nascer as mães começam a ser criticadas por suas escolhas em relação ao parto, se cesárea, se normal, se natural ou se humanizado. Sempre vai haver alguém com uma opinião ácida e pouco receptiva diante dessa escolha, no entanto o que se deve ter em mente é que este momento é muito particular, deve ser preservado e independente do que dizem os outros representa uma escolha alicerçada em valores, crenças, preocupações e estilos de vida.
São julgamentos pesados, ásperos e muitas vezes cruéis em um período de intensa ansiedade, não contribuindo em absolutamente nada com o bem-estar materno fetal, portanto, vamos deixar que cada mulher se encarregue de fazer sua escolha e guardemos nossos comentários, expressando apenas sentimentos de incentivo e acolhimento para esta mulher que está vivendo uma montanha russa de emoções.
Após o nascimento novas opiniões, sugestões e críticas surgem em todas as esferas da vida dessas mães e novamente elas se veem pouco acolhidas, o que reforça seus sentimentos de solidão e desespero. Imersas em um contexto de estresse, medo, preocupação, adaptação e muitas dúvidas essas mães passam a se sentir piores por não conseguirem estabelecer limites e fronteiras às intromissões e palpites.
Somando-se a isso descobrem que o amor do bebê e pelo bebê não é algo espontâneo, precisa ser construído, fortalecido e cuidado, exigindo muitas vezes um esforço descomunal por parte da mãe, pois os pequeninos as levam a conhecer novos limites de privação de sono, alimento e, inclusive, auto-cuidado.
Nesse turbilhão de emoções e sentimentos ainda temos o processo de amamentação, que para muitas é sofrido, dolorido e a pega não é tão rápida, o que gera sentimentos ambivalentes diante da capacidade de ser mãe e nutrir seu próprio filho.
Diante desse panorama acredito que todos concordamos que o que essa mãe mais precisa é de apoio, ajuda e acolhimento. Ela precisa que alguém cuide do bebê para que ela possa descansar, tomar banho, se alimentar e cuidar de si mesma. Ela também precisa de alguém que a ajude com as coisas de casa. Toda ajuda é muito bem-vinda e necessária.
Meu objetivo com este pequeno texto era esclarecer o quão importante é “desromantizar” a maternidade para que cada vez mais as novas mães se sintam mais empoderadas de suas escolhas, respeitadas em seu espaço e livres para se sentirem como quiserem diante desse momento tão difícil de se reinventar!
Se você tem algum tema de interesse escreva para a gente!!
Um abraçoMariana Cacciacarro